Milho, feijão, miçanga, bateria, massinha, espinho de peixe, osso de frango. Estes são exemplos de vários tipos de corpo estranho que já removi.
Crianças dos 3 aos 5 anos estão em fase de descoberta e são muito curiosas, por isso, devemos tomar cuidado ao permitir que brinquem com objetos pequenos. Elas podem engolir ou colocar grãos e pecinhas dos brinquedos dentro do nariz ou dos ouvidos. Os corpos estranhos são identificados pelos pais, que presenciam a cena dramática ou até mesmo pelo pediatra durante a consulta de rotina.
É uma urgência relativa para os otorrinolaringologistas. No caso de objetos inertes como plásticos não há problema em aguardar alguns dias para remover, mas quando trata-se de bateria/pilha a remoção tem que ser rápida pois pode provocar corrosão da pele.
Nos adultos, os corpos estranhos de faringe são os mais comuns. Espinho de peixe é o campeão. Ao engolir o pedaço de peixe, o espinho pode ficar espetado na base da língua, amígdalas ou hipofaringe. Recomendo sempre muito cuidado ao consumir alimentos com espinhos ou ossinhos, mas se algo ficar preso só o otorrino pode resolver.
O procedimento de retirada do corpo estranho pode ser realizado no consultório nos casos mais simples. Se a criança não for colaborativa ou a localização do corpo estranho for profunda é necessário levar o paciente ao centro cirúrgico para removê-lo com sedação.
DRA VANESSA B. C. ROCHA
CRM 162.728 | RQE – 66525
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